terça-feira, 17 de agosto de 2010

Hérnia de Disco

    Herniações são acometimentos parecidos com as protusões. No conceito clássico, o mecanismo é gerado em função das mesmas cargas e amplitudes, das protusões.

   A diferença segundo a medicina, está no grau da lesão. a hérnia é uma patologia decorrente da protusão, isso ocorre, devido ao aumento da compressão e sem estabelecer o quadro, poderá ocorrer o extravasamento do liquido do núcleo pulposo para além passando as fronteiras do disco e chegar próximo a periferia, havendo maior contato com os plexos nervosos que ali passam, haverá dores violentas e impossibilidade de mobilização da região. Sendo assim, podemos entender que o tratamento errado de uma protusão, poderá gerar uma hérnia de disco.

  Primeiramente antes de começar qualquer atividade física, consulte seu médico, este saberá informar seu estado atual. Em seguida realize uma avaliação física.

  Sabemos que cargas axiais, geram compressão nas vértebras, por exemplo no exercício de agachamento, poderá gerar compressão nos discos intervertebrais, devido a carga imposta nesta posição, fazendo com que o núcleo pulposo e anel fibroso, se desloquem além dos limites normais ocorrendo geralmente póstero-lateralmente, isso por não possui ligamentos nessa região. Neste caso, preferiria o uso do exercício de Leg. Press 45 graus, o banco deverá estar o mais baixo possível, assim haverá maior amplitude da coxofemoral, gerando maior trabalho mecânico, e minimizando as tensões musculares de eretores espinhais. Se o banco do aparelho for ruim, com pouca angulação, poderá utilizar almofadas na região lombar mantendo o arco lordótico.

     Antes de mais nada, é preciso fortalecer os músculos lombares e abdominais, pois estes compõe os músculos paravertebrais, e são solicitados em quase todos os exercícios e atividades diárias.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Conceitos Básicos da Teoria do Treinamento

  A teoria do condicionamento de força faz parte de um amplo campo de conhecimento, a ciência do treinamento com atletas, também denominada ciência do treinamento ou teoria do treinamento desportivo. Os cursos de ciência do treinamento se ocupam dos principais componentes da preparação do atleta, incluindo o condicionamento físico (não somente para força, mas também para a velocidade, resistência aeróbica, flexibilidade e outras capacidades motoras), o aprendizado da técnica esportiva e a periodização, ou seja, variação do programa de treinamento em um período.

   Adaptação Como principal lei do treinamento 

   A palavra adaptação significa o ajustamento de um organismo ao seu meio ambiente. Se o meio ambiente muda, o organismo se modifica para viver melhor sob as novas condições. Na Biologia, a adaptação é considerada umas das principais leis das espécies vivas.
  O trabalho físico regular, ou exercício, é um estímulo muito importante para a adaptação. O principal objetivo em um treinamento é a indução a adaptações específicas com o intuito de melhorar os resultados da performance esportiva. Isso requer a adoção de um programa de treinamento planejado e cuidadosamente executado. A partir deste ponto de vista prático, as quatros seguintes características do processo de adaptação assumem uma importância primária para o treinamento esportivo:

1- Magnitude do estímulo (sobrecarga)
2- Acomodação
3- Especificidade
4- Individualidade

 Efeitos imediatos e retardados do treinamento

   Imediatamento após uma sessão de treinamento, o desempenho em geral piora por causa da fadiga. Ninguém espera ficar mais forte após um sessão de flexões de braços ou uma única sessão de treinamento. Assim, por que múltiplas sessões de treino acabam por melhorar o desempenho? A melhora ocorre porque o corpo se adapta à carga de treino.

 Sobrecarga

   Para induzir mudanças positivas no estado de um atleta, é necessário utilizar um exercício com sobrecarga.
   A adaptação do treinamento é adequada somente se a magnitude da sobrecarga de treinamento for maior do que o nível habitual.
   Durante o processo de treinamento, existem duas formas para induzir a adaptação. Uma é elevar a sobrecarga de treinamento (intensidade, volume) e continuar a empregar os mesmos exercícios, como, por exemplo, corrida de resistência. A outra é mudar os exercícios, estando ciente de que o exercício é novo e o atleta não está acostumado com ele.
  Se um atleta faz exercícios-padrão com a mesma sobrecarga de treinamento durante um longo período de tempo, não existirão adaptações adicionais e o seu nível de capacidade física não irá mudar substancialmente. Se a carga de treinamento é muito baixa, ocorre o destreinamento. Em atletas de elite, muitas melhoras alcançadas por meio do treinamento são perdidas dentro de algumas semanas, ou mesmo dias, se um atleta para de se exercitar.
  Durante o período de competição, os atletas de elite não podem se dar ao luxo de ter repouso passivo por mais de três dias (em geral, utilizam um ou dois dias).
 
   As sobrecargas de treinamento são classificadas de acordo com a sua magnitude como:

- estimulante: a magnitude da sobrecarga de treinamento é maior que o nível neutro e a adaptação positiva pode ocorrer;

- manutenção: a magnitude está na zona neutra, na qual o nível de condicionamento é mantido;

- destreinamento: a magnitude da carga leva a um decréscimo na performance, nas capacidades funcionais do atleta ou em ambos.

   A necessidade de um incremento constante da sobrecarga de treinamento, considerada primordial para uma adaptação positiva, leva ao treinamento progressivo de força: quando os níveis de força aumentam, cargas maiores de treinos são usadas. Como a preparação de atletas de elite requer de 8 a 12 anos, o treinamento progressivo de força exige programas de treinamento extremamente exigentes. A sobrecarga de treinamento do atleta de elite é aproximadamente 10 vezes maior que a de iniciantes com 6 meses de experiência de treinamento.

 Acomodação

   Se os atletas empregam um mesmo exercício com a mesma sobrecarga de treinamento durante um período muito longo, existe um decréscimo nos ganhos de desempenho. Está é uma manifestação da lei biológica da acomodação, freqüentemente considerada uma lei geral da Biologia. De acordo com está lei, a resposta de um determinado objeto biológico a um dado estímulo costante diminui ao longo do tempo. Por definição, acomodação é um decréscimo da resposta de um objeto biológico a um estímulo continuado. Com um aumento no volume ou na duração do treino, a magnitude das adaptações diminui - este é o princípio da diminuição dos resultados. Em atletas iniciantes, cargas de treino relativamente pequenas podem levar a grandes aumentos de desempenho, enquanto em atletas com experiência de muitos anos, ou com rotinas pesadas de treinamento, podem não resultar em alterações de performance. Existem dois meios para modificar os programas de treinamento:

- Quantitativo - mudança da sobrecarga de treinamento (por exemplo, a quantidade total de peso levantado);

- Qualitativo - troca dos exercícios.

   Mudanças qualitativas são amplamente utilizadas no treinamento de atletas de elite, ao menos pelos mais criativos.

 Especificidade

   As adaptações no treinamento são altamente específicas. Devido à especificidade, os exercícios de treinamento para os vários esportes são diferentes. A especificidade pode ser descrita, de uma forma, como uma questão de transferência dos resultados de treinamento. A especificidade da adaptação aumenta com o nível da capacidade esportiva. Quanto mais alto o condicionamento físico de um atleta, mais específicas são as adaptações. A transferência do ganho de treinamento é baixa em bons atletas; para iniciantes, quase todos os exercícios são úteis.

 Individualização

   Todas as pessoas são diferentes. O mesmo exercício ou método de treinamento provoca efeito maior ou menor em atletas diferentes. De todo um protocolo de treinamento, apenas as idéias gerais são válidas para novos programas, e essas devem ser entendidas e empregadas com criatividade. A individualização do treinamento otimizará os resultados e facilitará a adaptação prevista no protocolo de treinamento.

 Teorias Gerais de Treinamento

   Teorias gerais de treinamento são modelos muito simples, que técnicos e especialistas utilizam amplamente para resolver problemas práticos. Estes modelos contêm apenas as características mais essenciais do treinamento esportivo e omitem diversas outras. Consistem no conceito mais geral de treinamento, onde técnicos e atletas as utilizam especialmente para o condicionamento físico e também para o planejamento dos programas de treinamento.

 Teoria de um Fator (Teoria da Supercompensação)

   Fundamenta-se onde o efeito imediato de treinamento de uma sessão é avaliado por meio da depleção de certas substâncias bioquímicas. Existem evidências na literatura relativa ao exercício e à ciência do esporte de que certas substâncias se exaurem como resultado de sessões de treinamento extenuantes. O exemplo mas conhecido é da depleção do glicogênio após um exercício anaeróbio intenso.

   Após um período de restauração, acredita-se que a concentração das substâncias bioquímicas analisadas eleva-se acima da concentração inicial. Isso é denominado supercompensação, e o período em que ocorre a elevação de quantidade de uma substância é denominado fase de supercompensação.

    Intervalos de repouso curtos entre os treinamentos diminui o nível do atleta. Se os intervalos de repouso forem adequados, e a sessão de treinamento seguinte for durante a fase de supercompensação, o nível de preparação do atleta melhora. Porém, se os intervalos de repouso forem longos entre as sessões de treinamento, o atleta não obterá melhoras em sua capacidade física.

   Conforme foi citado acima, é de grande importância saber identificar o tempo correto de intervalos de repouso entre as sessões de treinamento. Sabendo disso, podemos afirmar que intervalos muito curtos ou muito longos prejudicam os ganhos obtidos pelo atleta durante a fase de supercompensação, e, em vez disso, procurar ter um intervalo de recuperação ótimo entre as sessões sucessivas de treinamento, juntamente com uma sobrecarga ótima para cada sessão de treinamento.

 Teoria de Treinamento de Dois Fatores (Teoria da Fadiga-Condicionamento)

  É mais sofisticada que a teoria da supercompensação. Consiste na ideia de que a preparação, conforme o potencial de desempenho esportivo dos atletas, não é estável, mas varia com o tempo.          Existem dois componentes na preparação do atleta: os que se modificam lentamente e aqueles que se modificam rapidamente. O termo condicionamento físico é utilizado para os componentes motores que se modificam lentamente. O condicionamento físico não varia substancialmente em minutos, horas ou mesmos dias. Porém, devido a fadiga, stress psicológico ou de uma doença súbita, como resfriado, a disposição de um atleta diante uma competição pode variar rapidamente. De acordo com a teoria de dois fatores, o efeito imediato de treinamento após a sessão de treinamento é uma combinação de dois processos:

- Ganho em condicionamento físico incitado pela sessão de treinamento;

- Fadiga

Após uma sessão de treinamento, a preparação de um atleta:

- melhora em razão do ganho em condição física; porém

- sofre um decréscimo em razão da fadiga.

   O ganho de condicionamento físico resultante de uma sessão de treinamento deve ser moderado em magnitude, mas de longa duração. O efeito da fadiga é maior do que a magnitude do ganho em condição física, mas relativamente mais curto.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Dor no Nervo Ciático

Descrição e Diagnóstico


     A expressão dor no nervo ciático é comumente usada para descrever uma dor que se propaga ao longo do nervo ciático. A dor no nervo ciático é um sintoma causado por uma doença que ocorre na coluna lombar. O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, tendo o diâmetro aproximado de um dedo.
  As fibras do nervo ciático iniciam na quarta e quinta vértebras lombares (L4 e L5) e nos primeiros e escassos segmentos do sacro. O nervo passa através do forâmen ciático, logo abaixo do músculo Piriforme (rotação lateral da coxa), passa pela extensão posterior do quadril e parte inferior do Glúteo Maxim us (músculo das nádegas, extensão na coxa). A seguir, o nervo ciático se estende verticalmente para baixo pela parte posterior da coxa, atrás do joelho, ramificando-se nos músculos dos tendões (Panturrilha), seguindo para baixo até os pés.
   A compressão do nervo ciático pode causar qualquer um dos sintomas citados acima. A lesão do nervo raramente é permanente e a paralisia representa um risco raro, já que a medula espinal termina antes da primeira vértebra lombar. Porém, um aumento na fraqueza do tronco ou perna, ou incontinência da bexiga e/ou intestinos é uma indicação de Sindrome da Cauda Eqüina, uma doença séria que requer tratamento de emergência.
   As doenças da coluna lombar que costumam causar compressão do nervo ciático incluem:

- Hérnia de Disco, a causa mais comum de dor no nervo ciático na coluna lombar.

- Doença Degenerativa de Disco, um processo biológico natural associado ao envelhecimento, costuma causar fraqueza ao disco, podendo ser o precursor de uma hérnia de disco.

- Estenose da Coluna Lombar, um estreitamento de uma ou mais passagens neurais, devido á degeneração do disco e/ou artrite nas facetas. O nervo ciático pode sofrer pressão como resultado dessas mudanças.

- A Espondilolistese do Istmo resulta de uma fratura por pressão, geralmente na quinta vértebra lombar (L5). A fratura, combinada com o colapso do espaço discal, pode fazer com que a vértebra escorregue para frente em direção ao primeiro segmento da região do sacro (S1). O deslizamento pode causar um pinçamento da raiz do nervo em L5 ao sair da coluna.

     Tumores da Coluna e Infecções são outras doenças que podem comprimir o nervo ciático, mas são raros.
    Há outras condições que podem ocorrer, podendo parecer com uma dor no nervo ciático, mas são difíceis de diagnosticar.
    O exame médico inclui o histórico médico do paciente, uma revisão dos medicamentos atuais, um exame físico e neurológico, se garantido, raios - x, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Um diagnóstico apropriado requer uma análise da dor do paciente. Geralmente, é fornecido ao paciente um diagrama da dor para ilustrar a sensação e distribuição da dor (Por ex., dormência e queimação). Observa-se a extensão do movimento do paciente. Testa-se os reflexos e força muscular. O médico pode usar um ou mais testes de movimento para determinar a fonte ou causa da dor.

 Tratamento Não - Cirúrgico

  A dor no nervo ciático geralmente responde bem as formas não operativas de tratamento e dificilmente há indicação cirúrgica como primeira forma de tratamento. O tempo, medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (AINES), uso em curto prazo de medicamentos narcóticos para dor aguda, injeções lombares e fisioterapia são benéficos.
   Embora seja recomendado repouso na cama durante a fase aguda, é bom realizar alguma atividade. Nesse contexto, atividade é definida como permanecer em pé por periodos de tempo que não causem dor muito forte.

   A prescrição de exercícios poderá incluir alongamento, caminhada e exercícios aeróbicos.

 Cirurgia de Nervo Ciático

  A cirurgia não é recomendada para todos os pacientes. Porém, em algumas situações, a cirurgia pode ser indicada. Pacientes que seguiram as orientações de um tratamento não - cirúrgico durante quatro a seis semanas sem alívio, certamente necessitam ser reavaliados por seu médico. Se um exame de ressonância magnética revelar hérnia de disco ou estenose da coluna vertebral, uma cirurgia poderá promover alívio para a dor nas pernas. O tipo de procedimento cirúrgico depende, em parte, da condição e do diagnóstico do paciente.

 Recuperação

  Se o tratamento para a dor no nervo ciático for não - operativo ou se for cirúrgico, sempre é bom seguir as instruções dadas pelo médico e/ou fisiatra.
  Procure aliviar a tensão mecânica desnecessária da coluna. Por exemplo, ao ficar em pé, descanse um pé sobre um banquinho alternando com a outra perna. Ao dirigir, coloque um travesseiro pequeno ou uma toalha enrolada nas costas para manter a curvatura natural da coluna. Na hora de ir para a cama, deite de costas com um travesseiro sob os joelhos ou entre as pernas se dormir de lado.
  Procure se alimentar de modo saudável, procurando manter seu peso ideal e evite fumar. Este estilo de vida faz toda a diferença para a saúde da coluna.