terça-feira, 23 de agosto de 2011

A hidratação durante o treinamento

  A água (H2O) se destaca na termorregulação (regulação da temperatura corporal) por meio da sudorese, na função estrutural (ligação entre moléculas), no transporte e na eliminação de substâncias e no controle da pressão arterial (Powers Howley; 2005; McArdle, Katch e Katch, 1998.

   É o principal componente do corpo humano, perfazendo um total aproximado de 60% da massa corporal e 72% da massa corporal magra em adultos saudáveis (Guedes Jr. e Rocha, 2008). Essa proporção de água depende de fatores como a idade e a composição corporal, e individuos mais velhos e mais gordos a apresentar menor quantidade relativa de água corporal.

  É possível resistir a longos períodos sem comida, utilizando apenas da energia armazenada no tecido adiposo. Entretanto, o ser humano não resiste a períodos prolongados sem consumo de água.
  Perdas de água equivalentes a 2% do peso corporal proporcionam a manifestação da sede. Perdas maiores (aproximadamente 6%) já podem levar à exaustão por calor, com consequente confusão mental, dor de cabeça, desorientação, coma e morte (Bucci, 1996 apud Guedes Jr., Souza Jr. Rocha, 2008).

  Logo, não é aconselhável esperar a manifestação da sede para se hidratar; pois, quando se sente sede, já se vivencia um estado de desidratação (perda de água) de aproximadamente 2% do peso corporal.

  Quando perdemos água, perderemos também, eletrólitos que desempenham importantes funções no organismo (ex: sódio, potássio, cloreto).

   A recomendação para a adminstração de água em condições de repouso é de, aproximadamente, 2,5 litros por dia (McArdle, Katch e Katch, 1998).

   Porém durante a pratica de atividade física, pode ocorrer um aumento significante da perda liquida decorrente de uma maior produção de suor.

   Isso se deve ao aumento na produção de calor em decorrência do exercício (Bacurau, 2007), pois o corpo humano é apenas 20% a 30% eficiente, ou seja, somente essa porcentagem da energia disponível é utilizada para realizar trabalho, o restante (70% a 80%0 é perdido em forma de calor (Powers e Howley, 2005). Com isso, o organismo gera mecanismos para eliminar o calor. Sendo a transpiração o mecanismo mais eficiente, liberando liquido pela pele (suor) e na sua evaporação.

  A taxa de produção de suor durante o exercício intenso em clima quente e úmido pode chegar a 1 litro por hora (Foss e Keteryian, 2000; McArdle, Katch e Katch 1998). Toda via Costill (1977 apud Powers e Howley, 2005), afirma que essa perda pode atingir níveis ainda mais elevados, de até 2,8 litros/hora.

   Os efeitos da desidratação podem causar:

- perda de água corporal;
- sede;
- cor da urina alaranjada (escura);
- diminuição do volume sanguíneo;
- aumento da viscosidade do sangue;
- aumento da frequência cardíaca;
- aumento da pressão arterial;
- diminuição da taxa de transpiração e esfriamento por evaporação;
- aumento da temperatura corporal (hipertermia);
- queda do rendimento (fraqueza, diminuição da coordenação, vertigem, cãimbras etc);
- coma e morte.

   Para isto não acontecer, a prevenção é a melhor maneira de evitar. Para prevenir é importante ingerir líquidos antes do exercício, durante e pós-exercício.




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